A taxa anual de crescimento da obesidade em crianças e
adolescentes brasileiros até 2035 deverá ser de 1,8%. A prevalência de crianças
e adolescentes com Índice de Massa Corporal elevado era de 34% em 2020, com
mais de 15 milhões de afetados. Em 2035, a projeção é de que essa taxa chegue a
50%, com mais de 20 milhões de crianças e adolescentes obesos ou com sobrepeso.
médico Hérquimas Pereira faz um alerta para os pais sobre o assunto. |
Segundo o médico Hérquimas Pereira, cirurgião do
aparelho digestivo e que atende na Clínica Idiagnóstica, em São Luís (MA), com
unidades no Centro e Cidade Operária, a prevenção da obesidade deve ser a
principal estratégia adotada a nível global, além de aumentar o acesso a
tratamentos, como medicamentos antiobesidade e cirurgia.
“São muitos os fatores, mas a prevenção é feita se
comendo melhor, dormindo-se melhor, ficando longe das telas e tendo menos
estresse, em outras coisas. Em resumo, é preciso fazer uma higiene da vida, no
geral”, diz Hérquimas Pereira.
Hérquimas Pereira frisa que a primeira opção de
tratamento para obesidade infantil, recomendada pela Sociedade Brasileira de
Cirurgia Bariátrica e Metabólica, é uma mudança no quadro nutricional e de
atividades físicas da criança, tornando-as regulares e equilibradas. Isto
porque, normalmente, conforme ele, a obesidade infantil é causada por problemas
comportamentais, mentais ou genéticos, e o tratamento enquanto cirurgia vai
cuidar somente do sintoma e não da raiz do problema.
A funcionária pública Fátima Galvão conta que até hoje
luta com a neta, já adulta, mas que desde criança teve sobrepeso, chegando a
fazer a cirurgia bariátrica. Ela diz que o processo não foi fácil, mas a
diferença foi bastante grande.
“No entanto, indico a todas as mães que submetam seus
filhos a uma cirurgia desse tipo que procedam ao acompanhamento médico
constante depois da cirurgia, para que não apareçam complicações. Além disso, é
importante manter a atividade física e os hábitos saudáveis”, frisou.
Hérquimas Pereira ressalta que pessoas diagnosticadas
com obesidade mórbida são indicadas para a cirurgia bariátrica. O mais indicado
é a realização dessa cirurgia a partir dos 14 anos. A primeira opção de
tratamento para obesidade infantil, recomendada pela Sociedade Brasileira de
Cirurgia Bariátrica e Metabólica, é uma mudança no quadro nutricional e de
atividades físicas da criança, tornando-as regulares e equilibradas.
Caso a primeira opção não faça efeito, é possível
analisar novas alternativas, como cirurgias menos invasivas para oferecer mais
segurança ao paciente. “Quando a criança se encontra com a obesidade grau três,
pode-se considerar a cirurgia bariátrica, se os riscos forem menores do que
conviver com a obesidade. Na avaliação, todas as fases são levadas em
consideração, como o pós- operatório e o acompanhamento com a equipe
multidisciplinar”, explicou Hérquimas Pereira.
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